|
Rede dá orientação médica e psicológica
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O site do
Núcleo de Pesquisas em Psicologia e Informática da PUC-SP (NPPI, www.pucsp.br/clinica) é um dos
serviços on-line aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia. A
psicóloga coordenadora, Rosa Maria Farah, conta que o serviço começou por
acaso. "Passamos a receber e-mails que traziam desde pedidos de indicação
bibliográfica até mensagens sofridas. Pareciam trotes, mas decidimos
acreditar", conta. O serviço gratuito funcionava desde 1997 e foi
oficializado em 2000. Desde então, a equipe se reúne semanalmente para
debater as mensagens e elaborar respostas. O grupo recebe cerca de 20
e-mails por mês, mas já houve semanas em que chegaram mais de 60
mensagens. "É um trabalho artesanal. Levamos cerca de dez dias para
conseguir responder a cada e-mail", diz Rosa. Segundo a coordenadora,
as tréplicas são freqüentes, mas se o internauta insistir em manter
contato contínuo, é encaminhado para tratamento presencial. O professor
de Informática Médica da Unicamp, Renato Sabbatini, já teve quatro sites
de aconselhamento médico. Atualmente, apenas um deles funciona. "Faltam
verbas e os usuários se recusam a pagar", conta. No site http://www.consultamedica.org.br/
as informações genéricas sobre tratamentos e prevenção de doenças custam
R$ 20 e informações específicas, que necessitam de especialista, R$
50. "Planos de saúde norte-americanos cobram o preço de meia consulta
por orientação on-line. É justo, pois é trabalhoso. Eu mesmo levo de uma a
duas horas para responder a cada questão", diz Sabbatini. "Gostaria de
saber por que há pessoas que acham que devem recebê-las de graça",
diz. Consultas, receita de medicamentos e diagnósticos feitos pela rede
não são permitidos pelo Conselho Federal de Medicina. Mas a demanda por
orientação é enorme. "Poderia ser atendida por um serviço público", diz
Sabbatini. De acordo com sua assessoria, o Ministério da Saúde não possui
serviço ou projeto de orientação pela internet. (MB)
|