Hospital virtual já é realidade

O Núcleo de Informática Biomédica (NIB) da Universidade Estadual de Campinas, que apóia o programa de Telesaúde na Amazônia, já colocou em prática o Projeto Hospital Virtual Brasileiro, com o objetivo de promover a troca de informações e a interatividade entre profissionais e estudantes da área de saúde.

Uma experiência pioneira no Brasil, o Hospital Virtual é uma metáfora arquitetônica de um hospital real. Ao entrar no portal, o paciente encontra os mesmos setores de um hospital real.Há áreas reservadas para clínica, cirúrgica, terapia, transplantes, enfermagem, e algumas destinadas aos profissionais, como a biblioteca virtual e a sala médica.

Hoje, o HV da Unicamp já tem 12 mil cadastros e recebe cerca de mil emails por semana. O coordenador de projetos do Núcleo de Informática Biomédica da Unicamp, Renato Sabbatini, comemora o sucesso do programa "Pergunte ao Doutor", inaugurado em 1996, que responde dúvidas de clientes pela web. "Com um corpo clínico de 100 médicos voluntários, o programa chega a salvar vidas, especialmente em casos de infecções e prevenções corretivas", observa.

O Hospital Virtual Brasileiro também procura auxiliar profissionais da saúde de todo o mundo no diagnóstico e acompanhamento clínico dos mais variados casos. No ambiente, os profissionais realizam transferência de informação sobre os pacientes ou consultam casos clínicos de diferentes procedências - são os chamados "pacientes virtuais". Para os médicos e estudantes, o Hospital Virtual também fornece bibliografia online e agenda dos congressos médicos no país.

Sabbatini acredita que o Brasil está a beira de uma revolução na área médica. "A Telemedicina vai permitir uma gama de aplicações do auxílio médico em áreas restritas. O socorro poderá ser levado até as prisões, plataformas de petróleo, áreas de terremotos e desastres naturais, além de grandes eventos culturais e esportivos sem a necessidade de que o médico saia de seu consultório. Nos Estados Unidos, por exemplo, mulheres com gravidez de alto risco já não são mais internadas".

http://www.hospvirt.org.br/

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